Como enfrentar o endividamento

Como enfrentar o endividamento

Quando abordamos o assunto endividamento, temos que levar em conta três conceitos.

Endividado – todas as pessoas que possuem uma dívida decorrente de um empréstimo ou financiamento.

Endividamento em risco – conceito usado pelo Banco Central para quem se encontra em duas ou mais situações abaixo:

  1. inadimplente por 90 dias
  2. possui multimodalidades de empréstimos em uso (crédito pessoal, cheque especial e cartão de crédito rotativo)
  3. comprometimento de 50% da renda
  4. está na linha da pobreza após o pagamento das dívidas (linha de pobreza = US$ 5,5/dia ou R$ 440,00/mês (com base em 31/12/2020)

Superendividado – é quando o endividado (em bancos, no comércio e/ou com terceiros) não consegue mais pagar suas despesas pessoais, e a grave situação financeira afeta a sua saúde, a relação familiar e a produtividade no trabalho.

As pesquisas indicam que o superendividado sofre como fato de não saber como chegou nesse ponto e precisa de ajuda para dar a volta.

Nesses casos, há o apoio da Defensoria Pública, independente da renda do superendividado. É uma situação atípica e que necessita de apoio para a renegociação com os credores.

Para entrar no ciclo do equilíbrio é importante:

  1. relacionar as dívidas, indicando credor, garantia (se for o caso), valor de liquidação hoje, taxa de juros, prestação mensal e número de prestações que faltam. A prioridade deve ser para aquelas que têm garantia de bens, exemplo imóvel e, ainda sim, vamos verificar se há possibilidade de negociar uma taxa mais baixa ou fazer portabilidade para outra instituição.
  2. algumas dívidas vão ficar na fila de espera. Escolha o banco onde tenha menor comprometimento, sem cheque especial e sem débitos automáticos de dívidas e cartão. Se necessário, abra uma nova conta sem cheque especial e sem cartão de crédito. Uma boa opção é cooperativa de crédito, onde você se sentirá acolhido, como dono e cliente ao mesmo tempo.
  3. é necessário colocar no papel receitas e despesas de forma que o resultado seja maior ou igual a zero. Priorize o pagamento das contas essenciais.
  4. procure fazer trabalhos extras para ajudar a liquidar as dívidas que ficaram de fora do orçamento, que estão pendentes, aguardando receita.
  5. não antecipe férias, nem décimo terceiro; utilize esses recursos para liquidar contas e dívidas com um bom desconto.
  6. junte dinheiro: cofrinho, pequenas economias no dia a dia, tudo é importante para formar o bolo para liquidar dívidas.
  7. não parcele se o orçamento mostra que não terá condições de pagar. Aguenta firme! Aguenta as ligações de cobrança, pede mais um mês e continue focada em juntar dinheiro. Mais ligações de cobrança? Tudo bem, atenda e diga que você está buscando uma renda extra para renegociar, pede para esperar mais um mês. Paciência e resiliência. Você sairá dessa crise. Lembre-se do ditado: “de grão em grão a galinha enche o papo”; e, assim, é com o dinheiro: as pequenas economias vão fazer a diferença na sua vida no correr do tempo.
  8. Não desanime, não deixe a depressão tomar conta de você. Faça exercícios físicos, foque em ganhar dinheiro extra.
  9. Envolva a sua família. Explique a situação (você não cometeu nenhum crime! você é constantemente assediado pela mídia, pelas instituições financeiras) e peça sugestões.

Isso é fundamental: como podemos diminuir a conta de luz? Qual a sugestão? Como gastar menos no supermercado? Deixe a família ponderar; desta forma todos se comprometem com o mesmo objetivo: mudar o ciclo negativo para buscar os sonhos e objetivos de vida.

Conte para nós, no Instagram @myrianlund, a sua experiência, a ajuda que precisa (se for o caso) para perseverar e buscar superávit das finanças pessoais.

Estamos com você!