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Com taxa de juros a 2%aa, o segredo é diversificar para conseguir ganhos reais

Myrian Lund – Set 2020

A última reunião do COPOM manteve a taxa de juros da economia brasileira em 2% ao ano, um piso que jamais pensávamos atingir. A expectativa do mercado é que essa taxa se mantenha até o final do primeiro semestre de 2021, tempo necessário para os índices econômicos reagirem.

É certo que a taxa de juros não voltará a contabilizar ganhos reais expressivos (ganhos acima da inflação) como apresentou no passado: média de 20% ao ano (25 anos atrás), 10% ao ano (há 15 anos), 4% ao ano (últimos anos).

E por que se fala isso com tanta segurança? Podemos confiar? O que efetivamente mudou?

    • O Brasil não é mais o país do café, o país do futebol, o país das mulatas. O Brasil é hoje um país economicamente importante para o mundo. Suas riquezas naturais e minerais, a importância do agronegócio para o mundo, a evolução do conhecimento, faz do Brasil um país cobiçado, almejado para novos investimentos. O volume de Investimento Estrangeiro Direto no Brasil, dinheiro para economia, gerando novos empregos, é enorme e crescente ainda que estejamos com uma classificação de risco ruim, BB- (grau especulativo, de risco), medido pelas agências de rating.

Não é a taxa nominal, a Selic Meta que nos interessa, ou nos seduz, e sim o ganho real (quanto está rendendo acima da inflação) quando falamos de investimentos de médio e longo prazo.

    • Tem um detalhe! Os investimentos conservadores, positivos todos os meses, são para aqueles que aceitam ficar recebendo 2% ao ano, quando a inflação dos últimos 12 meses alcançou 2,3% e deve fechar este ano em 2,1%. Detalhe, a poupança está rendendo 1,4% ao ano (70% da Selic).

Para fazer seu dinheiro crescer, para ter uma reserva significativa na aposentadoria, é necessário buscar ganho real. A Jusprev, por exemplo, tem meta atuarial de inflação (INPC) + 4,35% ao ano. Para atingir este resultado é necessário diversificar em diferentes ativos, principalmente com correlação diferente (exemplo: bolsa cai, dólar sobe). Esse mix de ativos financeiros ajuda a equilibrar o risco da carteira e garantir ganhos expressivos no médio e longo prazo.

E a minha aversão ao risco?

    • Conceitualmente, poupança é risco. Risco de o dinheiro perder valor ano a ano e você não ter o suficiente ou o que desejava para o seu futuro, para os seus sonhos e objetivos de vida.

    • Que tal colocar 5%, 10%, 15% ou até 20% em ações, de acordo com o seu perfil de investidor (conservador, moderado, arrojado ou agressivo) em ações? Ações não têm risco de crédito (risco de perder todo o dinheiro). Ações têm risco de mercado (volatilidade), um sobe e desce de cotações, de acordo com as notícias divulgadas diariamente e de como podem afetar o resultado futuro das empresas (mais lucro ou menos lucro?).

Está na dúvida?

    • É natural, pois estamos vivendo um mundo diferente de tudo que já passamos. Por isso a Jusprev oferecerá um curso de Investimentos para os associados, cônjuges, filhos adolescentes e convidados, por meio de  4 aulas ao vivo, online pelo zoom, com a Profa. Myrian Lund, CFP para que você entenda, possa perguntar, tirar dúvidas e, enfim, ser protagonista da sua vida financeira pessoal e familiar e, também, entender a estratégia dos recursos destinados à previdência complementar.

O curso será realizado entre 05 e 08/10, aproveitando a Semana Mundial do Investidor (WIW – World Investor Week), site: http://semanadoinvestidor.cvm.gov.br/

World Investor Week (WIW) é uma campanha global promovida pela IOSCO (Organização Internacional das Comissões de Valores), com duração de uma semana, para conscientizar a população sobre a importância da educação e da proteção dos investidores, e dar destaque a iniciativas nessa área.