Artigos

Corona Vírus: época de rever objetivos de vida

Myrian Lund – Jun 2020

Corona Vírus: um imprevisto, um fato atípico que mudou a rotina de todos e a economia global.

Vamos aproveitar este momento para fazer o planejamento da nossa vida, rever valores, estudar, aprofundar conhecimentos.

  • Estamos de quarentena, sem poder sair e consumir diretamente nas lojas. Cuidado com a Internet, pois há uma pressão que você continue a comprar virtualmente. Não caia nessa! Você não precisa de roupas, sapatos e acessórios neste momento. Aproveite para economizar, guardar dinheiro.

  • Tivemos que dispensar faxineiras, passadeiras, cozinheiras e outros prestadores de serviço. Se são pessoas que você tem apreço não deixe de pagar. Essas pessoas não terão renda durante a crise. Proponha pagar 1/2 diária ou 2/3 da diária, se você puder, para ajudar. Época de cooperação, de compartilhamento, de ajuda ao próximo.

  • Vamos manter uma boa reserva de curto prazo (reserva de emergência). Tempos de crise exige segurança e liquidez. Vocês estão vendo até o ouro (metal) perder valor, porque os investidores estrangeiros estão aplicando em títulos do tesouro americano como segurança. Onde você está colocando os seus recursos de curto prazo?

  • Onde investir os recursos de curto prazo, para um a dois anos?

    1. Bancos – produtos com garantia do Fundo Garantidor de Crédito até R$ 250.000,00 – CDB (Certificado de Depósito Bancário), Poupança, LCI e LCA (esses dois últimos prazo mínimo legal de permanência é de 90 dias – consulte o vencimento como gerente)

    2. Tesouro Selic – aplicar com o governo é o menor risco de crédito. O Tesouro Selic oferece liquidez diária.

    3. Cooperativas de crédito – RDC (Recibo de Depósito Cooperativo) que é garantido pelo FGCoop (Fundo Garantidor Cooperativo) até R$ 250.000,00 por CPF.

  • E quantos aos fundos de Renda Fixa? temos que dividir em três categorias:
    1. Fundo de Renda Fixa DI – é conservador, mas a taxa de administração acima de 0,3% ao ano inviabiliza a aplicação, comparativamente ao CDB.

    2. Fundo de Renda Fixa – tem títulos prefixados e pós-fixados. Os prefixados sofrem volatilidade e no atual momento podem estar dando rentabilidade baixa ou até negativa.

    3. Fundo de Renda Fixa Crédito Privado – esse fundo investe em títulos de empresas, conhecidos como debêntures e FIDCs (Fundos de Investimento em Direitos Creditórios), com menos liquidez e que oferecem risco de crédito, principalmente os FIDCS (basicamente as carteiras de empréstimos dos bancos). Não é o melhor produto para fazer frente à sua liquidez diária, mesmo com resgate em D+1.
  • Fundos multimercados – como as carteiras são constituídas de renda fixa + ações e/ou renda fixa + apostas nos mercados futuros de câmbio e juros, principalmente, estão, em sua maioria com rentabilidade negativa. Calma! O mercado vai voltar!

  • Ações e fundos de ações – apesar de ser a classe de ativos que mais “enlouquece” as pessoas em momentos de stress, eu fico tranquila, pois o mercado é cíclico, ondas de alta e ondas de baixa. Tudo bem que a crise proporcionou uma queda de 50% no índice Bovespa, mas muito mais pela indefinição gerada pela crise do que pela condição das empresas. Não venda a sua posição em ações ou fundo de ações! Aguenta firme! Neste momento, em função do medo do futuro, ninguém quer comprar esse investimento, mas as empresas vão continuar a existir e, após a crise, podem retornar mais fortes do que antes. Você só perde se vender agora as ações ou resgatar o fundo de ações. Se ficar posicionado, você verá que os seus ativos apenas se desvalorizaram por alguns meses e que depois voltaram a subir.